A Aliança do Pacífico foi fundada no dia 28 de abril de 2011 por Chile, Colômbia, Peru e México, através da Declaração de Lima. O bloco surgiu como uma iniciativa de integração regional entre Estados com a mesma visão de regionalismo sul-americano. São considerados princípios da Aliança do Pacífico o neoliberalismo como modelo econômico e a criação de relações econômicas conforme as regras internacionais de investimento e da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Entre seus objetivos principais estão a promoção de maior desenvolvimento e crescimento econômico entre os Estados membros geração de maior projeção ao mundo, com foco especial na região Ásia-Pacífico. Ademais, visa fortalecer a ação conjunta em prol da competitividade de empresas de pequeno e médio porte, além de fomentar pesquisas ligadas à mudança climática e promover o fluxo de pessoas.
Para isso, o bloco aprovou, durante a IV Reunião em Antofagasta (Chile), o Acordo Marco em 2012, e o Protocolo Adicional ao Acordo Marco em 2013, através da Declaração de Cartagena das Índias, formalizando as bases legais para seus objetivos. Assim, pode-se resumir a Aliança do Pacífico como um bloco de caráter econômico, com perfil pragmático. Assim, a Aliança gera livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas, sem realizar uma união aduaneira com tarifa externa comum e política comercial conjunta.
Com a finalidade de gerar maior projeção ao mundo, além dos Estados membros plenos, o bloco permite a participação de outros Estados como membros observadores. Atualmente, o bloco conta com 61 membros observadores espalhados pela América, África, Ásia, Europa e Oceania. Entre outros momentos, cabe destacar que, desde sua criação em 2011 até a atualidade, a Aliança do Pacífico já realizou ações importantes em prol de seus objetivos, como a aproximação do Mercado Comum do Sul (Mercosul), entre 2014 e 2018, para a convergência entre ambos os blocos. Em junho de 2017 também buscou fortalecer o relacionamento com os países da Ásia-Pacífico, criando a categoria Estado Associado, que permite a realização de acordos comerciais com países terceiros pelos integrantes da Aliança do Pacífico. Por fim, entre 2018 e 2019 a Aliança do Pacífico renovou o plano de trabalho com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) como estratégia para se aproximar dos países da Ásia-Pacífico. No começo de 2022 em Buenaventura, na Colômbia, assinou acordo de livre comércio com Singapura e atualmente representa 41% do produto interno bruto de toda América Latina.