A Aliança do Pacífico é uma iniciativa de integração regional conformada por Peru, Chile, Colômbia e México no dia 28 de abril de 2011 e que busca beneficiar sua população através da livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas. Para tanto, conta com um Acordo Comercial que facilitará o comércio entre as partes através da redução tarifária, diminuição de obstáculos ao comércio, da solução de controvérsias, da agilização de operações de importação e exportação, da facilitação do comércio de serviços, entre outros.

 Seus objetivos são: a) construir de maneira participativa e consensual uma área de integração profunda; b) impulsar maior crescimento, desenvolvimento econômico e competitividade das economias de seus integrantes; c) converter-se em uma plataforma de articulação política, integração econômica e comercial, e de projeção ao mundo com ênfase na região Ásia-Pacífico; d) transcender o âmbito comercial com o objetivo de fortalecer a ação conjunta e coordenada entre as agências de promoção, assim como a cooperação destinada a impulsionar o fortalecimento da competitividade e inovação das Pequenas e Médias Empresas; e) impulsionar também a pesquisa em matéria da mudança climática, assim como facilitar a mobilidade estudantil e acadêmica, o fluxo migratório entre outros.

Dentre os principais alcances da Aliança do Pacífico, podemos citar o Protocolo Adicional ao Acordo Marco (aprofundar os acordos comerciais bilaterais entre os membros), Mercado Integrado Latino Americano – MILA (integração financeira de suas bolsas de valores), Plataforma de Mobilidade Acadêmica e Estudantil; subscrição ao Acordo para o Estabelecimento do Fundo de Cooperação e para a Rede de Pesquisa Científica em Matéria de Mudança Climática, estabelecimento de duas oficinas comerciais conjuntas e de embaixadas compartilhadas, fortalecimento da Plataforma de Intercambio de Informação Imediata para a Segurança Migratória da AP, criação do Programa de Férias e Trabalho para fomentar o intercambio cultural entre os jovens.

Além dos membros plenos, existem também os membros observadores do bloco. Para se tornar um membro observador da AP, é necessário compartilhar os princípios e objetivos estabelecidos no Acordo Marco da Aliança do Pacífico e devem ser aprovados por unanimidade pelos ministros de Relações Exteriores dos membros plenos. Os países observadores são: Argentina, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, Marrocos, Holanda, Alemanha, Suiça, Italia, Israel, Turquia, Finlandia, Itália, índia, China, Singapura, Coréia do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Honduras, Guatemala, El Salvador, Equador, Costa Rica, Panamá, Trindade e Tobago, Paraguai, Uruguai, República Dominicana.

Escrito por

Julia de Souza Borba Gonçalves

Doutoranda em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB). Mestra em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (UNESP/UNICAMP/PUC-SP) e graduada em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", campus de Franca. Integra, desde 2014, a Rede de Pesquisa sobre Regionalismo e Política Externa (REPRI) e, desde 2019, a Rede Colombiana de Relações Internacionais (RedIntercol).