A Comunidade da África Oriental (CAO), também conhecida como Comunidade do Leste Africano (CLA) (em inglês, East African Community – EAC), é uma organização econômica e de integração da África Central e da África Oriental, fundada em 1 de dezembro de 1967 por Quênia, Uganda e Tanzânia, dissolvida em 1977 por diversas razões, e recriada em 7 de julho de 2000. A CAO teve, ao longo dos anos, o acréscimo formal dos membros Sudão do Sul, Burundi e Ruanda em 18 de junho de 2007. A organização tem sua sede localizada na cidade de Aruxa, na Tanzânia. Tem como objetivo aprofundar a relações de cooperação entre seus Estados-membros em diversos campos, como o político, o social e principalmente, o econômico; de forma que incentivem seus desenvolvimentos internos e externos no sistema internacional por meio da criação de uma União Aduaneira EAC e de um mercado comum.
A Comunidade da África Oriental passou por um período de relativa paralisação devido ao seu dinamismo limitado e sua dificuldade de adaptação e interação entre os países em razão das mudanças governamentais que ocorreram na época de 1971.
Assim, houveram diversos fatores que influenciaram no colapso da organização, como o Banco do Desenvolvimento Leste Africano – o principal responsável por promover o desenvolvimento dos Estados membros e a complementaridade econômica – nunca recebeu investimentos suficientes para ser realmente eficaz, e que, juntamente com a rápida estagnação da CAO devido às mudanças políticas, o impediu de atrair capital e interesse internacional. Dessa forma, a soma dos desequilíbrios políticos e econômicos (decorrentes do distanciamento ideológico dos países e da sua procura por modelos econômicos distintos), resultaram no colapso gradual da Comunidade da África Oriental. Em 1977 os Estados membros deixam de aprovar o orçamento do ano seguinte, sendo decretado o fim da organização.
Por fim, análises feitas sobre a Comunidade da África Oriental revelam que mesmo com sua busca constante de uma integração regional equilibrada, ainda há muitas adversidades a serem enfrentadas em diversas áreas, dentre elas: saúde, educação, infraestrutura viária e nos setores secundários e terciários de produção, assim como a superação de sua histórica dependência e exploração por grandes potenciais associada a governos opressores. Porém, com o passar das duas últimas décadas, esse quadro vem sendo superado lentamente.

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Observatório de Regionalismo

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